segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Capítulo 04 – Equipe Alfa

- Equipe Alfa?
- Sim. Nós Paladanjos estamos divididos em seis Caminhos, e cada um de nós aqui presente é o líder de cada um deles. Somos o Alfa, à frente de todos os Paladanjos. Somos os mais poderosos de nossa Ordem. Eu sou Lucius, Paladanjo do Caminho da Luz, e líder da Equipe Alfa, ao vosso dispor. – e colocando a mão sobre o peito, fez uma reverencia. Os Sóis de seis pontas nas bordas prateadas das mangas, da barra e da gola da túnica brilharam levemente. - E estes são meus amigos e também Paladanjos.
Uma jovem com desenhos de estrelas nas extremidades negras da túnica apresentou-se, seguida dos outros:
- Sou Ars, Paladanjo do Caminho das Trevas, Vossa Santidade.
- Meu nome é Denambuc. Sou o poderoso Paladanjo do Caminho do Fogo. – Chamas vermelhas caracterizavam sua vestimenta.
- Tomoe é meu nome. O Caminho da Água é meu Elemento. – A túnica era decorada com ondas azuis.
- Sou Isauro. Líder dos Paladanjos no Caminho do Vento. – Tornados amarelos adornavam sua túnica.
- E eu sou conhecida como Rosa; meu Caminho é o da Terra. É uma honra estar aqui. – Folhas verdes enfeitavam sua vestimenta.
- Somos os Paladanjos, a Equipe Alfa ao vosso dispor, Papa Leão XV. – Completou Lucius. Neste momento todos eles brilharam como se a luz do Sol se acendesse neles, e cada um com a cor correspondente ao seu elemento.
- “Então os justos brilharão como o Sol no Reino de seu Pai”. – Disse o Papa maravilhado para si mesmo, citando uma passagem do Evangelho.

Do lado de fora, todos imaginavam o que estaria acontecendo dentro da Capela, pois tudo estava acontecendo tão rapidamente, mas ao mesmo tempo tudo parecia estar acontecendo há séculos! A ansiedade tomava conta deles cada vez que ouviam uma voz diferente falando, mas não conseguiam entender nada além de parecer que estavam se apresentando. Por último, uma forte luz brilhou por trás da porta, e alguns raios de luz de várias cores passaram pelos espaços da porta, iluminando o corredor, e tudo pareceu voltar ao normal, pois as luzes apagaram-se. Os que estavam mais próximos da porta ouviram que começaram a conversar, mas não conseguiram entender nada.

- Papa Leão, gostaria de conversar convosco mais tranquilamente ainda hoje.
- Está bem. Eu gostaria de fazer várias perguntas também. Ainda não consegui compreender tudo que está acontecendo aqui hoje. Mas se precisarem de algo, fiquem à vontade, não hesitem em me avisar.
- Obrigado, Vossa Santidade. Agora precisamos ir. Por favor... – disse ele estendendo a mão direita, indicando que fosse á frente.


Quando abriu a porta, alguns cardeais, bispos e padres ainda se encontravam ajoelhados ou sentados no chão, e levantaram-se rapidamente, e mantinham os olhos atentos sobre as seis figuras altas atrás do Papa, que parou alguns metros adiante, e disse.
- Ouçam todos. – A essas palavras, vários outros apareceram dos corredores laterais – Estas pessoas são de grande importância, e quero que os tratem com todo o respeito possível.
- Pessoas? Então eles não são...
- Anjos? – completou Lucius – Sinto decepciona-los, senhores, mas não somos Anjos. Embora possuamos estas asas e estejamos próximos a eles, somos mais próximos de vós do que deles. – E sorriu. Um sorriso perfeito, como os presentes ali nunca tinham visto. Parecia que o próprio Deus sorria para eles.
- Assim será, Vossa Santidade. – Disseram ao Papa, que se voltou aos Paladanjos.
- Ouçam, se não se incomodam, gostaria de rezar na Capela novamente, Senhor Lucius. – Disse o Papa. – Gostaria de colocar meus pensamentos em ordem agora. Acho que ainda não consegui compreender totalmente a grandeza deste momento que vivemos. Mas volto a repetir: fiquem à vontade.
- Claro, como quiser. Agradecemos a hospitalidade, e mais tarde estarei de volta. Com vossa licença, vamos nos retirar agora. – E os seis colocaram juntos a mão direita aberta sobre o coração e fizeram uma reverencia antes de seguir Lucius, dobrando o primeiro corredor à esquerda saindo da vista dos que estavam ali. Ninguém os seguiu.

Então todos correram em direção ao Papa perguntando quem eram eles, o que queriam, o que foram aquelas luzes, e varias outras perguntas que tiveram uma única resposta:
- Em outra oportunidade saberão quem são eles e tudo mais relacionado aos eventos de hoje, que não acabaram. Por enquanto, digo apenas que rezem. Como diz São Paulo, “orai sem cessar”!

Bastidores do Capítulo 04

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